Mesmo extinta em 2007, a DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) foi um documento contábil extremamente importante. Entenda como ela funcionava e quem foi sua substituta.
O que era e como funcionava a DOAR?
DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) era um documento contábil obrigatório a todas as empresas abertas com patrimônio líquido superior a R$1 milhão até o momento do Balanço Patrimonial.
Por meio dela, era possível entender a variação financeira de uma companhia ao longo de um ano. No documento eram necessárias as seguintes informações:
- origem dos recursos;
- aplicações de recursos;
- excesso ou insuficiência da origem em relação às aplicações;
- saldo no início e fim do exercício.
Assim era possível compreender a situação patrimonial da empresa, sendo muito útil aos acionistas, para que eles tivessem controle e conhecimento de tudo que acontecia com as finanças da empresa.
A partir do dia 01 de janeiro de 2008, a DOAR foi extinta pela Lei 11638/07, obrigando a apresentação de todas as demonstrações contábeis apenas até 31 de dezembro de 2007. Entretanto, ela pode ser incluída nos balanços patrimoniais, cabendo a decisão à administração responsável da companhia.
DOAR substituída pela DVA
Após a extinção, a DOAR foi substituída pela DVA (Demonstração do Valor Adicionado). Ela também é um demonstrativo contábil obrigatório a todas as empresas de capital aberto, as chamadas S.A. (Sociedade Anônima) — que são aquelas cujo capital social é formado por ações na Bolsa de Valores, negociadas livremente.
Neste caso, os dados são referentes às demonstrações contábeis da empresa, mostrando se a situação financeira houve aumento, diminuição ou permaneceu a mesma. Constam, também, os valores passados aos acionistas e outras informações importantes, como:
- receitas;
- insumos por terceiros;
- valor adicionado bruto;
- retenções;
- valor adicionado líquido produzido pela entidade;
- valor adicionado recebido por transferência;
- valor adicionado total a distribuir;
- distribuição do valor adicionado.
O que muda da DOAR para a DVA é, basicamente, a separação da Demonstração do Fluxo de Caixa, que ficou mais clara.
Agora que você compreendeu o que era este documento obrigatório e como ficou esta questão após sua extinção, fique de olho aqui no blog do E-diário para aprender mais sobre esse universo.