Mais de 125 anos após a abolição da escravatura, o Brasil e outros países ainda combatem uma versão contemporânea de trabalho forçado. A exploração de trabalho escravo nos dias atuais é mais comum do que muitos pensam. Veja mais a seguir.
Trabalho escravo
O trabalho escravo dos dias atuais não se difere tanto de antigamente. Pode se manifestar desde a servidão por dívida, até com o tráfico de pessoas para o comércio sexual. Veja as formas mais comuns de escravidão nos dias de hoje:
Jornada Exaustiva
Um expediente que ultrapassa as horas extras e coloca em risco a integridade física e emocional do trabalhador é considerado uma forma de trabalho escravo. Há casos em que o descanso semanal não é respeitado, deixando o funcionário impossibilitado de manter sua vida familiar e social.
Trabalho Forçado
Quando o indivíduo é obrigado a aceitar condições de trabalho exploratórias, sendo forçado a permanecer no local, seja por motivos de dívidas, ameaças ou violência física e psicológica, ele também está sendo submetido ao trabalho escravo.
Servidão por Dívida
Na maioria dos casos, os trabalhadores são cobrados por uma dívida interminável, e ficam dominados e cercados por algo que nunca vão conseguir “quitar”. Gastos com transporte, alimentação, moradia (em alguns casos) e até mesmo ferramentas de trabalho que são cedidas são cobradas de forma abusiva e descontadas do salário do trabalhador.
Condições Degradantes
Maus-tratos e violência, falta de saneamento básico e água potável, péssima alimentação, falta de assistência médica, alojamento precário e em parte dos casos, a liberdade do trabalhador é roubada, com a retenção de documentos e isolamento geográfico. Essas condições degradantes caracterizam o trabalho escravo nos dias de hoje.
Como é tratado o trabalho escravo nos dias de hoje
A existência do trabalho escravo contemporâneo foi assumida pelo Governo Federal Brasileiro em 1995, e o Brasil tornou-se uma das primeiras nações a reconhecer de forma oficial a ocorrência do problema em seu próprio território. Desde 1995 até 2014, cerca de 47 mil trabalhadores foram libertados de situações semelhantes à escravidão.
É comum que esta situação ocorra em zonas rurais, mas nos últimos anos, a situação também apareceu na indústria têxtil.
Em todos os estados brasileiros há registros de trabalho escravo.
Erradicação do Problema
A erradicação deste problema só pode ser efetivada quando a prevenção e a assistência ao trabalhador libertado forem garantidas.
Desde 2014, o programa “Escravo, nem pensar” volta suas atividades para líderes populares e educadores que estão em contato direto com jovens e adultos, gerando uma zona de influência que mobiliza e são capazes de compor uma rede engajada de combate ao trabalho escravo nos dias de hoje.
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