A contabilidade é uma ferramenta fundamental para a gestão de uma empresa e, consequentemente, para a sobrevivência do negócio. Todas as movimentações financeiras, o que significa quaisquer entradas e saídas de dinheiro, devem ser devidamente registradas: não deve haver nenhum valor “inexplicável” nas contas, seja para mais ou para menos.
Por conta disso, é muito comum que haja dúvidas sobre como lançar empréstimo na contabilidade. Essa é uma entrada de dinheiro bastante específica, porque é um valor que chega para a empresa, mas que precisa ser paga em determinado prazo. Saber registrá-la corretamente, portanto, é fundamental para o controle financeiro e para o cumprimento das obrigações legais.
Leia este artigo para entender mais sobre o assunto. Você vai saber:
Empréstimo não é tudo igual. Quando estamos falando de uma empresa, em geral eles são concedidos com alguns objetivos específicos como:
Para atendê-los, existem diferentes linhas de crédito:
Capital de giro é a diferença entre os fundos disponíveis no caixa da empresa e suas despesas. Para que o negócio continue funcionando, o saldo precisa ser positivo, e esse tipo de empréstimo serve justamente para isso.
Empresas que precisam de um dinheiro extra para equilibrar esse fluxo de caixa podem recorrer a esse tipo de financiamento oferecido pelos bancos, que é de curto prazo.
O leasing é um termo em inglês que em tradução livre para o português significa locação. No meio jurídico, esse tipo de empréstimo é direcionado para a compra de equipamentos, e funciona da seguinte maneira: a máquina adquirida fica no nome da companhia que oferece o empréstimo, até que o dinheiro seja totalmente quitado.
Quando chega o prazo de vencimento, portanto, ou a empresa requerente deve finalizar todo o pagamento estabelecido (e, dessa forma o equipamento passa para o seu nome) ou devolver a máquina.
Esse tipo de empréstimo é uma forma que a empresa tem de antecipar seus recebimentos para equilibrar o fluxo de caixa. A garantia são os próprios recebimentos, e, por isso, a operação é de curto prazo e os juros costumam ser mais baixos.
O microcrédito é uma opção voltada para pequenas empresas ou, até mesmo, para o microempreendedor individual (MEI) que, em geral, não conseguem acesso fácil aos outros tipos de empréstimos mais robustos.
Por meio dessa modalidade, é possível captar até 20 mil reais, sempre com o objetivo de equilibrar a saúde financeira do negócio e visar sua ampliação.
É possível, ainda, contar com iniciativas públicas como as linhas de empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) ou a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), cada qual com suas especificações.
Embora as documentações exigidas para recorrer a cada uma das modalidades variem, é sempre obrigatório apresentar um plano de negócios, o contrato social da empresa e o balanço patrimonial.
Agora que você já entendeu quais são os tipos de empréstimos para empresas mais comuns, é hora de saber como lançar essa movimentação na contabilidade, que é, ao mesmo tempo, uma entrada e uma obrigação.
A entrada do dinheiro deve ser registrada no momento em que ocorre, com a devida identificação. Existem modalidades em que todo o montante cai de uma vez só na conta, e outras em que elas acontecem ao longo de um determinado período.
A regra é a mesma: é no momento em que o dinheiro cai na conta da empresa que ele precisa ser registrado na contabilidade.
E aí vamos à parte do pagamento, afinal, o momento de quitar o empréstimo precisa ser devidamente previsto na contabilidade da organização.
A diferença aqui é a seguinte: quando o prazo para o pagamento é inferior a um ano, ele deve ser registrado na categoria passivo circulante, que diz respeito às obrigações de curto prazo.
Já os empréstimos que devem ser pagos em um prazo superior, entram na categoria passivo não circulante, que reúne todas as obrigações da empresa que devem ser pagas a médio e longo prazo.
Todo empréstimo contratado está sujeito às variações monetárias e cambiais que ocorrem ao longo do período vigente, e isso também precisa ser registrado na contabilidade, juntamente às despesas operacionais.
Por fim, os juros e demais encargos cabíveis ao empréstimo também devem ser registrados como despesas e devidamente identificados.
Agora que você já entendeu melhor sobre o universo dos empréstimos para empresas jurídicas, aproveite para ler também o nosso artigo com dicas de como ter controle do fluxo de caixa durante uma crise econômica.
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