Assim como em qualquer área, na contabilidade também existem siglas e nomenclaturas próprias referentes às atividades realizadas por esse segmento. Uma dessas siglas é a DRE – Demonstração do Resultado do Exercício. O termo faz parte do dia a dia dos contadores, mas, caso ainda tenha alguma dúvida sobre o que é DRE na contabilidade, chegou a hora de esclarecê-las.
Abaixo, descubra os principais pontos da DRE, inclusive sua definição, o que ela precisa ter e o esclarecimento da importância dela para as empresas.
O que é DRE na contabilidade?
Para saber o que é DRE na contabilidade, imagine esse documento como um raio X financeiro da empresa. Nele, constam todas as movimentações, operacionais ou não, que foram realizadas pela corporação dentro de determinado período de tempo.
Nesse demonstrativo de resultados, que é mais complexo e até complementar ao balanço patrimonial, são inseridos básica e resumidamente as transações que envolvem dinheiro, tais como: a receita bruta da comercialização de produtos e serviços, os rendimentos, as deduções, despesas e encargos referentes ao período, além do resultado líquido do exercício.
A obrigatoriedade da DRE
Por lei, as sociedades anônimas e sociedades limitadas são obrigadas a elaborar a DRE, sendo que as empresas de capital aberto precisam divulgar o documento no Diário Oficial ou em veículos de grande circulação a cada ano, com as informações referentes a 12 meses, de janeiro até dezembro.
Porém, como tem muita utilidade, esse tipo de documento contábil também acaba sendo feito em períodos menores, para análises e controles financeiros internos.
Como montar uma DRE
Agora já sabe bem o que é DRE na contabilidade, é importante também saber especificamente tudo que ela precisa ter e como montar. Isso está determinado no Art. 187, da Lei de nº 6.404/1976, que dispõe sobre as sociedades por ações.
Nessa lei, consta que toda DRE deve discriminar as seguintes informações:
- receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
- receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
- despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
- resultado exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
- participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
- resultado líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Inserindo as informações nessa mesma ordem, é possível montar uma estrutura para a DRE que seja clara, objetiva e facilmente entendida.
Para que serve uma DRE
Por fim, vale destacar que saber o que é DRE na contabilidade é apenas o começo. Depois disso, e de tê-la em mãos, chega o momento de analisá-la, ou seja, se atentar a tudo que os números inseridos na demonstração dizem.
É a partir da DRE, o raio X financeiro, que é possível identificar os pontos de atenção, avaliar o desempenho da empresa e, assim, tomar decisões importantes para o presente e o futuro do negócio.
Todas as estratégias de vendas ou investimentos realizados apresentam um resultado na DRE. Por isso, com ela é possível ver o que deu certo para replicar, ou o que deu errado para evitar.
Além disso, a DRE permite ainda avaliar a gestão que tem sido feita, e funciona também como uma demonstração contábil para o governo, órgão fiscalizadores e até para grandes investidores.
Para a publicação da DRE em Diário Oficial, seguindo todas as legalidades necessárias e garantir a transparência do processo, conheça o nosso guia de publicação no Diário Oficial!
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